Beatriz Maria Manicure

;

AULAS DE KARATÊ COM SENSEI ODOACRO

;

Sua Pesquisa Aqui!

Pesquisa personalizada

Bem Vindo ao Mundo do Conhecimento Simplificado

Blog destinado ao conhecimento vivo do ser humano.

Resultados

Seguidores

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Conhecendo o Futuro.










A sequência de imagens mostra tudo o que vém sendo a aluna Andrea Brandão. Muito forte, aguerrida, seguidora de grandes valores, quando chegou ao Dojô da Academia Energia, logo pensei que seria uma atleta de Kumitê, mais seus olhos brilharam muito numa apresentação conjunta de kata, mais precisamente no Heian Shodan. Onde a mesma dedica-se muito, diariamente. A sequência parece programada, mas não é, amigo(a) leitor é que vém passando essa guerreira, altamente impaciente e impulsiva. Mas o karatê vêm-la ensinando muito, é só observar que começo dando algumas instruções, logo o pequeno samurai, Arthur já olha, firmemente, e logo em seguida, ela está com minha faixa preta em sua cintura, o que isso siginifica? Destino caro leitor(a). Que o amor e o carinho que temos para aquilo que somos, naquilo que nos identificamos, possa ser a mola para o amor do mundo.

Odoacro Souza Sensei, Samurai Pernambucano.

domingo, 29 de novembro de 2009

O Futuro do Karatê



Mateus Brandão

Arthur Brandão



Andrea Brandão.

Aos que acreditam que o karatê é um caminho é um estado de espirito, vemos então toda uma familia, reunida para o mesmo propósito. Da mesma forma que o "karatê acreditou em mim" dando-me os mestres, pais e irmãos, que tenho hoje, farei o mesmo por estes que hoje acreditam em mim, com toda a força que têem em seu coração. Vamos para a força, vamos para o amor, e o caminho que nos será mostrado será o "caminho da mão vazia", caminho este em que os mestre tiveram em seu maior mestre, a crença que o Mestre, é algo inalcansável se não formos movidos pela fé.
Os três apresentados são alunos do Sensei Odoacro Souza, Samurai Pernambucano, que dedica sua vida e seu amor, ao coração de cada um deles, e que está formando futruros "karatecas", com força e brilho e acima de tudo dominio própio de si, do corpo e da mente. Esses nossos heróis são ofiiciais do karatê, porque não lutam contra o "karatê". A frente sempre.

Com carinho:
Página dedicada
Aos alunos:

Mateus Brandão, Arhur Brandão, e Andrea Brandão.

Odoacro Souza Sensei, Samurai Pernambucano

sábado, 21 de novembro de 2009

"karatê é um estado de espirito"

Hipóteses sobre o desempenho do Brasil em Mundiais

Fiquei bastante curioso conferir na pagina oficial do Orkut da CBK uma possível analise dos motivos ou das desculpas para chegar a uma explicação satisfatória a derrota vergonhosa do Brasil nos últimos campeonatos mundial da Karatê em Rabbat, Marroco.
orkutcbk
ver link: http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=29178028&tid=5404614449628835741&na=1&nst=1
Infelizmente não vi nada de novo nessa tentativa de analise, até porque de entrada o post se auto intitula « Hipothese », nada de novo e de mais convincente que todos já sabem, nada sobre as verdadeiras razões de tal fiasco e que pudessem sim ser escrito com as palavras precisando ser publicadas, mas sob pena claro de ser apagadas pelo moderador da pagina como é de praxis la nessa pagina.

Pois como se diz numa outra cultura, « precisa-se chamar um gato um gato e um rato um rato ». O próprio José Roberto admite -o: « não se trata de questão econômica », pois países emergentes e ate sub desenvolvidos, quando comparecidos com outras nações altamente desenvolvidas, conseguem onde o Brasil falha com tanto brilho. Ora querendo ou não o Brasil tem todos os recursos necessários para ser um gigante do esporte mundial, que seja nas artes marciais ou em outras modalidades. Pois alem do « Pre Sal » tem primeiro um patrimônio humano, um potencial riquíssimo de atletas dedicados e prontos a todos os sacrifícios.

Nesse exato ponto quero no entanto discordar quando continua escrevendo o José Roberto « Em geral, lamentavelmente, o que sobra para o esporte amador são migalhas e/ou a dependência que possuem dos clubes de futebol »! O dinheiro existe, ele esta disponibilizado como nunca foi por outros governos e falta só as vezes a capacidade dos responsáveis de entidades de saber elaborar projetos destinados as repartições publicas para captar recursos. 4% dos recursos da União são assim reservados as entidades desportivas. E totalmente falso por tanto continuar escrever que financiamento não tem!

Onde devemos sim ficar vigilante é quando esses recursos são efetivamente captados por entidades oficiais e como eles são na pratica utilizados, o melhor e ultimo exemplo disso sendo o caso do projeito « Alem do Esportes » cujos recursos foram ventilados de um modo que nem o tribunal de conta do Estado do Rio Grande do Sul entendeu, de forma suficiente para motivar um processo que ainda corre na Justícia ver matéria a respeito http://www.bubishi.net/?p=1116

Tampouco suficiente é o argumento afirmando « o que enfraquece o pinçamento das amostragens, confunde a imprensa, patrocinadores e público, além de propiciar a manutenção de nichos político-eleitorais que acabam por usufruir desta nefasta legislação » . O que querem imprensa e publico são vitorias, alias vitorias internacionais, e pouco importa contra quem e em que modalidade ( aposto que se tivéssemos vários campeãs mundial de cuspe de caroço de acerola no Brasil a modalidade já teria aparecida no Esportes Espetacular, no Fantástico senão no Domingo do Faustão). Quanto ao patrocinadores, por ter sido um desses durante bastante tempo no meu estado, o Pernambuco, sei que eles querem acima de tudo retorno sob investimentos, já que patrocínio é investimento, resultados que raramente chegam pois muitos ainda pensam no Brasil que para ser patrocinado no Brasil basta pegar grana , botar nome num boné, e ir embora. Até presidente de entidades estaduais pensam isso. É loucura!

O grande Satã seria a Lei Pelé que favoreceu a desmultiplicação de entidades? É verdade sim que a fragmentação do Karatê é a contra parte da referida lei. Mas quem diz que se fosse mais unido o Karatê teria mais sucesso? Até prova do contrario, o Judo Brasileiro só possui duas entidades, a CBJ e a Liga Nacional de Judo, tal como na França existem duas entidade no karatê, a Federação Francesa de Karatê e a Federação Francesa de Karatê Tradicional, ambas reconhecidas. Mas como explicar então que para poder participar do Mundial de Roterdã, judocas brasileiros tiveram que pagar passagens?

Acho sinceramente que falta coragem para reconhecer que o fracasso da representação Brasileira nesse campeonato mundial é a conseqüência de falhas organizacionais e sobre tudo de insuficiências humanas, intelectuais ou morais.

Não existe no Brasil nenhum trabalho feito a longo prazo para construir e impor uma seleção nacional de karatê: para isso teria que agir sem querer lucrar no imediato, pensar no futuro. Não existe Centro de Treinamento, não existe estrutura de alto nível. « Isso não é fácil organizar ! » Sim! Não é fácil organizar! Mas isso é o trabalho que deveria ser feito pelos responsáveis de confederações. Eles são pago, e bem pago, para isso!

Uma seleção nacional não se faz poucas semanas antes de tal evento. Uma seleção nacional deve ser identificada cedo, preparada, treinada em centros especiais, com treinadores e peritos qualificados, pagos para isso.

Não deveria ser admitidos atletas em competições só porque podem pagar passagens. A própria confederação deveria arcar com todos os custos dos melhores atletas, o que ela não faz. Porque?

Enquanto o karatê continuar ser considerado simples comercio no Brasil, ou seja fonte de enriquecimento licite ou não a modalidade não ira para frente. O de que se trata portanto não é exclusivamente de mudar os homens responsáveis por esse escandaloso fracasso mas sim de mudar as mentalidades e acima de tudo aniquilar esse sentimento que nada poder ser feito.

Mas sera que tem a vontade e o coragem para isso acontecer. Varias experiências e conselhos do exterior foram no passado sugeridos no sentido de fazer crescer o karatê de entidade estaduais brasileiras. Técnicos ou peritos chegaram da Europa ou de outras partes do mundo. O que foi lembrado desses conselhos ? Só o que permitiu lucrar mais no imediato. O resto, ou seja tudo o que podia permitir esboçar um renascimento do karatê no Brasil foi cuidadosamente ignorado para sobre tudo não mudar nada e continuar no mesmo erro e na satisfação geral…

Os resultados dos últimos campeonatos mundial de karatê Junior e cadet de Rabbat são a logica safra dessa cultura morte-nascida…  

Comments (5)


  1. Farkatt Farkatt disse:
    incrível é escutar que isso que está sendo discutido aqui no Bubishi é “agir contra o karate”… será possível que tem quem ache que essa crítica é destrutiva ? que a intenção de Xavier ao citar esses fatos não é melhorar o karate, discutir os problemas, chegar a soluções ? que a real intenção de todos aqui não é que o karate do Brasil melhore, tanto no nível administrativo, quanto no marcial e no esportivo… sem falar no nível “moral”.
    Enquanto todos ficarem calados, nada muda.
  2. Edson Formosino Edson Formosino disse:
    Parabens Xavier pela sua pertinente matéria. Esse assunto so vem mostrar aquilo que muitos dirigentes tentam esconder. Tentam Mostrar uma arte marcial (karate) bem sucedida aos seus filiados e na verdade o que existe é uma lastimável situação de descaso com o esporte em nosso país. Ai eu pergunto para onde vai as taxas federativas e as taxas de exames de graus. Porque nunca se tem uma verba destinada para bancar os atletas quendo esses pretendem viajar para fora do Brasil num evento internacional. Olha esse problema é antigo e não é de agora que muitos atletas de grande potencial se frustaram com essa situaçao e sairam do cenário competitivo deixando nosso país sem a participação de importantes competidores. é uam pena que nosso Brasil tão rico não tenha uma politica esportiva digna que deixe aqueles que enveredam pelo caminho das competições com condições de darem o seu melhor e levar o nosso povo a ter mais e mais vitória e ter a alegria de ve-los no pódium. A gestão administrativa esportiva em nosso pais ainda precisa melhorar muito e necessita de ser reciclada e ter uma mudança de pessoas que hoje são consideradas cartas marcadas no baralho. Enquanto isso nao ocorrer veremos esse quadro ocorrer.
  3. Vasco Vasco disse:
    Sem dúvida que dos quase 2 mil karatecas, no dia do mundial de Karate mais importante do Mundo, estavam no Brasileiro interestilo.
    Mas isso não tira a razão dos que cobram a CBK haja visto que apenas um técnico acompanhou a selecão, não houve treinamento, não havia sequer um paramédico para acompanhar e orientar os atletas.
    Os atletas foram guerreiros mas a desorganizarão está generalizada. Eleição neles!!!
  4. bubishi2 xavier Henri Baudequin disse:
    Eu acho qie trata se de uma reformulação muito mais profunda que uma simle reorganização das estruturas de treino. Passa claro por isso também. Mas em primeiro precisa se renovar os dirigentes, mudar essa cultura institucionalizada do roubo sistematizado e elaborar um planejamento d eformação dos atletas e do quadro tecnico sob varios anos: ahi sim as coisas irão ate um resultado certo mesmo sem resultados no imediatos. Mas num prazo de 3 a te 4 anos aposto com qualquer um que sera possivel reverter o quadro. Ou seja precisa se dirigentes honestos, de administradores, de tecnicos e de profissionals da saude….
  5. Farkatt Farkatt disse:
    Exatamente… porque Atletas tem… e dos bons… em todas as federações, artes, estilos etc, se acham bons atletas…

     BOA NOITE CAROS LEITORES, QUANTAS SAUDADES. COMO POSSO ENCONTRÁ-LOS? A AUSÊNCIA DO EDITOR É POR SEU MAIOR AMOR, O KARATÊ.
    O TEXTO É DIREITO POSTO, A REALIDADE E REALIDADE. MAIS ENTENDA O KARATECA, QUE O KARATÊ NÃO FOI FEITO PARA SER ESPORTE. VIDAS FORAM DEDICADAS A ELE. HÁ UM HISTÓRIA MUITO GOSTOSA, E MUITO ATRAENTE. REZA A LENDA QUE UM MONGE INDIANO MEDITOU TANTO QUE SUAS PERNAS PERDERAM O MOVIMENTO. ISSO É MUITO SIMPLES...RETIRAR-NOS QUANDO TUDO PARECER DIFICIL? NÃO! LEMBRAR O QUE O MESTRE NOS DISSE! "KARATÊ É UM ESTADO DE ESPIRITO"(FUNAKOSHI SENSEI).

    CRITICAS A PARTE: O TEXTO É MUITO CANSATIVO, INFORMATIVO, LEGAL MAIS CANSATIVO DEMAIS. 

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Um Orgulho ao Karatê, Um Orgulho para mim, Eterna Inspiração.

Com 56 anos e 64 anos, dona Socorro e Seu Lima, acreditaram em meu trabalho, acreditaram e acreditam no karatê como forma de vida, como esperança para juventude, e como um dever a disciplina. Posso dizer honestamente caros amigos leitores, que esse casal, é o que pode haver de mais enérgico, de mais forte e hávido que já pude conhecer em 11 anos de prática. Claro que 11 anos de prática não siginifica muito, para poucos, mais para muitos que acabam de nascer, e estão chegando, já é bastante. Karatecas como estes mostram o que é a juventude o que é o amor ao karatê, o que pode ser um coração aberto amavel e dedicado ao que existe de mais belo e poderoso. Quando lemos, muitos de nós, ou quase nenhum, arrisco mesmo, nenhum de nós, karatecas modernos, comteporâneos, não "ouvimos" Funakoshi Sensei profetizar: "karatê é um estado de espirito".
Há como não acreditar no karatê, há como não nos deixar levar pelo amor dedicação e paz de espirito desses adultos amadurecidos?(risos).
Karatê terminou o tempo da fofoca da baixaria e do mal estar, em minha vida, karatê realemente é um estado de espirito, e meu espirito é de paz, amor e lealdade.

Odoacro Souza Sensei, Samurai Pernambucano.



No curso da F.P.D.P 
Fazendo a ficha de inscrição, para jamais parar um minuto, o casal show do III Curso de Defesa Pessoal. Só nós podemos trazer isso pra você.


Aqui não é pôse, este é seu lima...grande amigo, aluno disciplinado e dedicado.



Alunos da Academia Energia, Odoacro Souza Sensei, Samurai Pernambucano, Da ASKAM, Da F.P.D.P; a mais perfeita união.















terça-feira, 17 de novembro de 2009

Uma Inspiração!





A última imagem, deste senhor, do nome, a este editor, desconhecido é um marco, é uma raridade. As outras imagens são do mestre Funakoshi. Este senhor com seu apoio, ainda da aulas de karatê, acomopanhado por seu aluno mais dedicado, no rosto, podemos ver a firmeza a dureza, e os anos de karatê que o conservaram. Quanto a natureza nada podemos fazer, ela manda e desmanda, porque nosso Criador absorve nossa alma e nosso conhecimento, mas quando temos uma vida voltada para o amor, temos uma nova vida voltada para o mundo. Eu oro todos os dias para que Deus leve-me ainda dando aula, que possa eu desfalecer num tatame dando a última instrução, treinando o último Heian- Shodan, pois foi com ele que tudo começou. O karatê é realmente um estado de espirito, pois aquele que o fundou, era um homem iluminado as bençãos do Senhor Deus. O karatê transforma a mente daqueles que se entregam aos seus instintos sem que exista em seu coração a dor da vingança.



A experiência faz do homem a essência para nova vida. Senhor permita-me desfalecer ainda com meu karatê.


Odoacro Souza Sensei, Samurai Pernambucano.




Nosso Mestre



segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Karatê- Do

Karate Do


O caminho dos pés e das mãos.



O Karate é uma arte marcial criada no final do séc XIX na ilha de Okinawa. Arte que teve ao longo da sua história vários mestres,mas teve em Ginchin Funakoshi o seu maior divulgador. Funakoshi foi aluno direto de Yasutsume Azato um dos maiores mestres de Okinawa. Os treinamentos nesta época eram feitos a noite de forma secreta pois eram proíbidos.O treinamento era denominado pelo mestre Azato de “Hito Kata San Nen” que significa um kata em três anos.



Guinchin Funakoshi



Os primeiros contatos com o Karate



Gichin Funakoshi nasceu em Shuri, Okinawa, em 1868, o mesmo ano da Restauração Meiji.funakoshi



Funakoshi era filho único e logo após seu nascimento foi levado para a casa dos avós maternos, onde foi educado e aprendeu poesia clássica chinesa. Algum tempo depois ele começou afreqüentar a escola primária, onde conheceu outro garoto de quem ficou muito amigo. Esse garoto era filho de Yasutsune Azato, um dois maiores especialistas de Okinawa na arte do Karate, e membro de uma família das mais respeitadas. Logo Funakoshi começou a tomar suas primeiras lições de Karate.



Como na época a prática de artes marciais era proibida em Okinawa, os treinos eram realizados à noite, no quintal da casa de mestre Azato. Lá ele aprendia a socar, chutar e mover-se conforme os métodos praticados naqueles dias. O treinamento era muito rigoroso. Mestre Azato tinha uma filosofia de treinamento que se chamava “Hito Kata San Nen”, ou seja, “um kata em três anos”. Funakoshi estudava cada kata a fundo e, só então quando autorizado pelo seu mestre, seguia para o próximo…



Enquanto praticava no quintal de Azato com outros jovens, outro gigante do Karate, mestre Itosu, amigo de Azato, aparecia e observava-os treinando kata, fazendo comentários sobre suas técnicas. Era uma rotina dura que terminava sempre de madrugada sob a disciplina rígida de mestre Azato, do qual o melhor elogio se limitava a uma única palavra: “Bom!”. Após os treinos, já quase ao amanhecer, Azato falava sobre a essência do Karate.



Após vários anos, a prática do Karate deu grande contribuição para a saúde de Funakoshi, que fora uma criança muito frágil e doentia. Ele gostava muito do Karate, mas como não pensava que pudesse fazer dele uma profissão, inscreveu-se e foi aceito como professor de uma escola primária em 1888, aos 21 anos, aproveitando toda a cultura adquirida desde a infância quando seus avós lhe ensinavam os Clássicos Chineses. Esta deveria ser sua carreira a partir de então.

ShihanNishiyama-abertura



“Shihan Hidetaka Nishiyama Maior Autoridade Mundial do Karatê-Dô Tradicional” in memoriam - 1928/2008

Ensinamentos de Ginchin Funakoshi:



1-O Karatê – Do inicia e termina em saudações.



2-No Karate- Do não existe golpe de agressão.



3-O Karate-Do apoia o caminho da razão.



4-A princípio lapidar o espírito,depois a técnica



5- Conheça a si próprio antes de julgar os outros.



6-Evitar o descontrole do equilíbrio mental.



7-A falha surge com a acomodação mental e física.



9-A essência do Karate-Do se descobre no decorrer da vida.



10-O Karate- Do dará frutos quando associado a vida cotidiana.



11-O Karate-do é igual a água quente ,se não receber o calor constante ela esfria.



12-Não pense em vencer, mas pense em derrota.



13-Mude a posição conforme o tipo do adversário.



14-A luta depende do bom manejo da teoria ying (negativo) yang (positivo).



15-Imagine que seus membros são espadas.



16-Para o homem que sai do seu portão, existem milhões de de adverssários.



17-No princípio seus movimentos são artificiais, mas com a evolução tornam-se naturais.



18-A prática de fundamentos deve ser correta, enquanto em uso, torna-se diferente.



19-Domínio do seu corpo na coordenação,na força, na velocidade e elasticidade.



20-Estudar, criar e aperfeiçoar-se constantemente. 21-O Karate-Do não se limita apenas a academia.

Entre e conheça mais sobre o Karate Do:





O Karate começa a ser ensinado nas escolas de Okinawa



mapa_okinawaEm 1902, durante a visita de Shintaro Ogawa, que era então inspetor escolar da prefeitura de Kagoshima, à escola de Funakoshi em Okinawa, foi feita uma demonstração de Karate. Funakoshi impressionou bastante devido ao seu status de educador. Ogawa ficou tão entusiasmado que escreveu um relatório ao Ministério da Educação elogiando as virtudes da arte. Foi então que o treinamento de Karate passou a ser oficialmente autorizado nas escolas. Até então o Karate só era praticado atrás de portas fechadas, o que no entanto não significava que fosse um “segredo”.



As casas em Okinawa eram muito próximas umas das outras, e tudo que era feito numa casa era conhecido pelas casas adjacentes. Enquanto muitos autores pregam o Karate como sendo um segredo àquela época, não era exatamente isso o que se encontrava na prática. O Karate era “oficialmente” secreto…



Contra os pedidos de muitos dos mestres mais antigos de Karate que não eram a favor da divulgação da arte, Funakoshi trouxe o Karate até o sistema público de ensino, com a ajuda de Itosu. Logo as crianças de Okinawa estavam aprendendo kata como parte das aulas de Educação Física. A redescoberta da herança étnica em Okinawa virou moda, e as aulas de Karate em Okinawa eram vistas como uma coisa legal.



Alguns anos depois, o Almirante Rokuro Yashiro assistiu a uma demonstração de kata. Essa demonstração foi feita por Funakoshi junto com uma equipe composta por seus melhores alunos. Enquanto ele narrava, os outros executavam kata, quebravam telhas, e geralmente chegavam ao limite de seus pequenos corpos. Funakoshi sempre enfatizava o desenvolvimento do caráter e a disciplina nas suas narrações durante essas demonstrações. Quando ele participava, gostava de executar o kata Kanku Dai, o maior do Karate, e talvez o mais representativo. Yashiro ficou tão impressionado que ordenou a seus homens que iniciassem o aprendizado na arte.

sul de okinawa



Ilha de Okinawa



Em 1912, a Primeira Esquadra Imperial da Marinha ancorou na Baía de Chujo, sob o comando do Almirante Dewa, que selecionou doze homens da sua tripulação para estudarem Karate durante uma semana.



Foi graças a esses dois oficiais da Marinha que o Karate começou a ser comentado em Tokyo. Os japoneses que viam essas demonstrações levavam as histórias sobre o Karate consigo quando voltavam ao Japão. Pela primeira vez na sua história, o Japão acharia algo na sua pequena possessão de Okinawa além de praias bonitas e o ar puro.



O Karate chega ao Japão

hirohito tauros sagittarius rising



Príncipe Herdeiro Hirohito



Funakoshi pretendia retornar logo para Okinawa mas, depois da exibição, ele foi cercado de pedidos para ficar no Japão ensinando Karate.



Uma das pessoas que pediu para que ele ficasse foi Jigoro Kano (foto ao lado), o fundador do Judo e presidente do Instituto Kodokan. Funakoshi resolveu ficar mais alguns dias para fazer demonstrações de suas técnicas no próprio Kodokan.



Algum tempo depois, quando se preparava novamente para retornar à Okinawa, foi visitado pelo pintor Hoan Kosugi, que já tinha assistido a uma demonstração de Karate em Okinawa e pediu que ele lhe ensinasse a arte. Mais uma vez sua volta foi adiada.



Funakoshi percebeu então que se ele quisesse ver o Karate propagado por todo o Japão ele mesmo teria que fazê-lo. Por isso resolveu ficar em Tokyo até que sua missão fosse cumprida.



No Japão, Funakoshi foi ajudado por Jigoro Kano, o homem que reuniu vários estilos diferentes de Jujutsu para fundar o Judo. Kano tornou-se amigo íntimo de Funakoshi, e sem sua ajuda nunca teria havido Karate no Japão. Kano o introduziu às pessoas certas, levou-o às festas certas, caminhou com ele através dos círculos sociais da elite japonesa. Mais tarde naquele ano, as classes mais altas dos japoneses se convenceram do valor do treinamento do Karate.



Funakoshi fundou um dojo de Karate num dormitório para estudantes de Okinawa, em Meisei Juku. Ele trabalhou como jardineiro, zelador e faxineiro para poder se alimentar enquanto ensinava Karate à noite.

O primeiro livro



Em 1922, a pedido do pintor Hoan Kosugi, Funakoshi publicou seu primeiro livro: “Ryukyu Kenpo Karate”, um tratado nos propósitos e prática do Karate. Na introdução daquele livro ele já dizia que “…a pena e a espada são inseparáveis como duas rodas de uma carroça”. O grande terremoto de Kanto em 1º de setembro de 1923 destruiu as placas de seu livro, e levou144alguns de seus alunos com ele. Ninguém morreu com o tremor, os incêndios que provocaram as mortes. O terremoto ocorreu durante a hora do almoço, no momento em que cada fogão a gás no Japão estava ligado. Os incêndios que ocorreram a seguir eram monstruosos, e maioria da vidas perdidas se deveu ao fogo. Este livro teve grande popularidade e foi revisado e reeditado quatro anos após o seu lançamento, com o título alterado para: “Rentan Goshin Karate Jutsu”.



Em 1925, Funakoshi começou a pegar alunos dos vários colégios e universidades na área Metropolitana de Tokyo e nos anos seguintes esses alunos começaram a fundar seus próprios clubes e a ensinar Karate a estudantes destas escolas. Como resultado, o Karate começou a se espalhar por Tokyo. No início da década de 30 haviam clubes de Karate em cada universidade de prestígio de Tokyo. Mas por que estava Funakoshi conseguindo tantos jovens interessados em Karate desta vez? O Japão estava fazendo uma Guerra de Colonização na Bacia do Pacífico. Eles invadiram e conquistaram a Coréia, Manchúria, China, Vietnã, Polinésia, e outras áreas. Jovens a ponto de irem para a guerra vinham a Funakoshi para aprender a lutar, assim eles poderiam sobreviver ao recrutamento nas Forças Armadas Japonesas. O seu número de alunos aumentou bastante.



Por volta de 1933, Funakoshi desenvolveu exercícios básicos para prática das técnicas em duplas. Tanto o ataque de cinco passos (Gohon Kumite) como o de um (Ippon Kumite) foram usados. Em 1934, um método de praticar esses ataques e defesas com colegas de um modo levemente mais irrestrito, semi-livre (Ju Ippon Kumite), foi adicionado ao treinamento. Finalmente, em 1935, um estudo de métodos de luta livre (Ju Kumite) com oponentes finalmente tinha começado. Até então, todo Karate treinado em Okinawa era composto basicamente de kata. Isso era tudo. Agora, os alunos poderiam experimentar as técnicas dos kata uns com os outros sem causar danos sérios.



Neste mesmo ano de 1935, foi publicado seu próximo livro: “Karate-Do Kyohan”. Este livro trata basicamente dos kata.



115



Uma reforma no Karate

lao_tzu



Lao Tzu



Em 1936, Funakoshi mudou os caracteres Kanji utilizados para escrever a palavra Karate. O caracter “Kara” significava “China”, e o caracter “Te” significava “Mão”. Para popularizar mais a arte no Japão, ele mudou o caracter “Kara” por outro, que significa “Vazio”. De “Mãos Chinesas” o Karate passou a significar “Mãos Vazias”, e como os dois caracteres são lidos exatamente do mesmo jeito, então a pronúncia da palavra continuou a mesma. Além disso, Funakoshi defendia que o termo “Mãos Vazias” seria o mais apropriado, pois representa não só o fato de o Karate ser um método de defesa sem armas, mas também representa o espírito do Karate, que é esvaziar o corpo de todos os desejos e vaidades terrenos. Com essa mudança, Funakoshi iniciou um trabalho de revisão e simplificação, que também passou pelos nomes dos kata, pois ele também acreditava que os japoneses não dariam muita atenção por qualquer coisa que tivesse a ver com o dialeto caipira (interiorano) de Okinawa. Por isso ele resolveu mudar não só nome da arte mas também os nomes dos kata. Ele estava certo, e seus número cresceram mais ainda.



Funakoshi tinha 71 anos em 1939, e foi quando ele deu o primeiro passo dentro de um Dojo de Karate em 29 de Janeiro. O prédio foi feito de doações particulares, e uma placa foi pendurada sobre a entrada e dizia: “Shotokan”. “Sho” significa pinheiro. “To” significa ondas ou o som que as árvores fazem quando o vento bate nelas. “Kan” significa edificação ou salão. “Shoto” era o pseudônimo que Funakoshi usava para assinar suas caligrafias quando jovem, pois quando ele ia escrevê-las se recolhia em um lugar mais afastado, onde pudesse buscar inspiração, ouvindo apenas o barulho do pinheiros ondulando ao vento. Esse nome dado ao Shotokan Karate Dojo foi uma homenagem de seus alunos.



A Segunda Guerra Mundial



Com a eminência de uma guerra pairando no ar, a necessidade de treinamento nas artes militares estava em crescimento. Jovens estavam se amontoando nos dojos, vindos de todas as partes do Japão. O Karate foi de carona nessa onda de militarismo e estava desfrutando de uma aceitação acelerada como resultado.LaoZi



Finalmente, no dia 7 de dezembro de 1941, o Japão comete seu grande erro. O bombardeio das forças navais americanas em Pearl Harbor fora a gota d’água. Numa tentativa de prevenir que as embarcações americanas bloqueassem a importação japonesa de matéria-prima, os japoneses tentaram remover a frota americana e varrer a influência ocidental do próprio Oceano Pacífico. O plano era bombardear os navios de guerra e os porta-aviões que estavam no território do Hawaii. Isto deixaria a força da América no Pacífico tão fraca que a nação iria pedir a paz para prevenir a invasão do Hawaii e do Alasca. Infelizmente, o pequeno Japão não tinha os recursos, força humana, ou a capacidade industrial dos Estados Unidos. Com uma mão nas costas, os americanos destruíram completamente os japoneses na Ásia e no Pacífico.



Uma das vítimas dos ataques aéreos foi o Shotokan Karate Dojo que havia sido construído em 1939. Com a América exercendo pressão em Okinawa, a esposa de Funakoshi finalmente iria deixar a ilha e juntar-se a ele em Kyushu no Sul do Japão. Eles ficaram lá até 1947.



Os americanos destruíram tudo que estava em seu caminho. As ilhas foram bombardeadas do ar, todas as cidades queimadas até o fim, as colinas crivadas de balas pelos cruzadores de guerra de longe da costa, e então as tropas varreram através da ilha, cercando todo mundo que estivesse vivo. A era dourada do Karate em Okinawa tinha acabado. Todas as artes militares haviam sido banidas rapidamente pelas forças americanas.



Primeiro uma, depois outra bomba atômica explodiram sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki. Três dias depois, bombardeiros americanos sobrevoaram Tokyo em tal quantidade que chegaram a cobrir o Sol. Tokyo foi bombardeada com dispositivos incendiários. Descobrindo que o governo do Japão estava a ponto de cometer um suicídio virtual sobre a imagem do Imperador, cartas secretas foram passadas para os japoneses garantindo sua segurança se eles assinassem sua “rendição incondicional”. O Japão estava acabado, a Guerra do Pacífico também, mas o pesadelo de Funakoshi ainda havia de acabar.

A morte de Yoshitaka



Foi então que Gigo (foto ao lado), também conhecido como Yoshitaka, dependendo como se pronuncia os caracteres de seu nome, filho de Funakoshi, um jovem e promissor mestre de Karate no seu próprio direito, aquele que Funakoshi estava contando para substituí-lo como instrutor do Shotokan, pegou tuberculose em 1945 e veio a falecer enquanto teimosamente tradition_Funakoshirecusa-se a comer a ração americana dada ao povo faminto.



Funakoshi e sua esposa tentaram viver em Kyushu, uma área predominantemente rural, sob a ocupação americana no Japão mas, em 1947, ela morre, deixando Funakoshi retornar a Tokyo para reencontrar seus alunos de Karate que ainda viviam. Depois que a guerra havia acabado, as artes militares haviam sido completamente banidas. Entretanto, alguns dos alunos de Funakoshi tiveram sucesso em convencer as autoridades que o Karate era um esporte inofensivo. As autoridades americanas concederam, mais por causa que naquela época eles não tinham idéia do que Karate fosse. Além disso, alguns homens estavam interessados em aprender as artes militares secretas do Japão, então as proibições foram eliminadas completamente em 1948.



Em maio de 1949, os alunos de Funakoshi movem-se para organizar todos os clubes de Karate universitários e privados numa simples organização, e eles a chamaram de Nihon Karate Kyokai (Associação Japonesa de Karate). Eles nomearam Funakoshi seu instrutor chefe. Em 1955, um dos alunos de Funakoshi consegue arranjar um dojo para a NKK.



Uma lição para o mundo



Em 1957, Funakoshi tinha 89 anos de idade. Ele foi um professor de escola primária e um professor de Karate. Ele se mudou para o Japão em 1922 (o que não é um pequeno ato de coragem) e trouxe consigo o Karate, dando ao Japão algo de Okinawa com seu próprio jeito pacifista. No processo, ele perdeu um filho, sua esposa, o prédio que seus alunos fizeram para ele, seu lar, e qualquer esperança de uma vida pacífica. Ele suportou uma Guerra Mundial que resultou em calamidade nacional, e ele treinou seus jovens amigos e conheceu suas famílias apenas para vê-los irem lutar e serem mortos pelas forças invencíveis dos Estados Unidos. Ele viu o Japão queimar, ele viu os antigos templos e santuários serem totalmente aniquilados, ele viu bombardeiros enegrecerem o Sol, e ele viu como um pilar de fumaça negra subia de cada cidade no Japão e envenenava o ar que ele respirava. Ele viu o Japão cair da glória para uma nação miserável, dependendo de suprimentos de comida e roupas dos seus conquistadores. O cheiro da fumaça e o cheiro dos mortos, os berros daqueles que foram deixados para morrer lentamente, o choro das mães que perderam seus filhos e esposas que nunca mais iriam ver seus maridos, o medo, o ruído ensurdecedor dos B-29’s voando sobre sua cabeça aos milhares, os clarões como os de trovões por todo o país quando as bombas explodiam em áreas residenciais, os flashes de luz na escuridão, a espera no rádio para poder ouvir a voz do Imperador pela primeira vez, somente para anunciar a rendição, a humilhação de implorar comida aos soldados. Intermináveis funerais, famílias arruinadas e lares destruídos…



A lição mais importante que ele nos ensinou está expressa na história do modo que ele passou pelo dojo principal de Jigoro Kano, o fundador do Judo. Caminhando pela rua, ele parou e fez uma pequena prece quando passou pelo Kodokan. E, se estivesse dirigindo um carro, ele tiraria seu chapéu quando passasse pelo Kodokan. Seus alunos não entenderam porque ele estaria rezando pelo sucesso do Judo. Ele explicou: “Eu não estou rezando pelo Judo. Eu estou oferecendo uma prece em respeito ao espírito de Jigoro Kano. Sem ele, eu não estaria aqui hoje”.



Gichin Funakoshi, o “Pai do Karate Moderno”, faleceu no dia 26 de abril de 1957. No seu túmulo está gravada sua célebre frase: “Karate Ni Sente Nashi”. O monumento (foto ao lado) está localizado no Templo Engakuji na cidade de Kamakura, Japão.

Dojo Kun (Ensinamentos do Karate Do tradicional)



dojokun



HITOTSU – JINKAKU KANSEI NI TSUTOMURU KOTO



Esforçar-se para formação do caráter!



HITOTSU – MAKOTO NO MICHI O MAMORU KOTO



Ser fiel ao verdadeiro caminho da razão!



HITOTSU – DORYOKU NO SEISHIN O YASHINAU KOTO



Criar o intuito de esforço!



HITOTSU – REIGI O OMONZURU KOTO



Respeitar, acima de tudo!



HITOTSU – KEKKI NO YU O IMASHIMURU KOTO



Reprimir o espírito de agressão!


domingo, 15 de novembro de 2009

Samurais

Introdução




Os samurais são os legendários guerreiros de armadura do Japão antigo, conhecidos no Ocidente como uma classe militar e retratados em incontáveis filmes de artes marciais. Embora a arte da guerra fosse o centro da vida de um samurai, eles também eram poetas, políticos, pais e fazendeiros. Os samurais desempenharam um papel essencial nos últimos 1.500 anos da história japonesa.





Foto cortesia de Japanese-Armor.com

Este capacete de batalha é uma reprodução em tamanho verdadeiro daquele que foi usado pelo famoso daimyo

Date Masamune (1566-1636)



Neste artigo, examinaremos o rígido código de conduta dos guerreiros samurais, o sistema de honra que guiava suas vidas, as armas e armaduras que usavam, e sua longa história desde as obscuras origens no século V até a extinção da classe samurai em 1876.
 
O que é um samurai?




Os samurais desempenharam muitos papéis no Japão: coletores de impostos, servidores do império, arqueiros, militares. Mas se tornaram mais conhecidos como guerreiros.



O que torna um samurai diferente de outros guerreiros em outras partes do mundo? Vestir uma armadura e usar uma espada não é suficiente para transformar-se em um. Apesar dos costumes terem mudado ao longo dos séculos, há quatro regras que sempre definiram um samurai:



1. o samurai é um guerreiro bem treinado e extremamente habilidoso;



2. o samurai serve seu daimyo, ou senhor, com absoluta lealdade, até a morte. Esse é o próprio significado da palavra samurai: "aquele que serve";



3. o samurai é um membro de uma classe de elite, considerado superior a cidadãos comuns e soldados ordinários de infantaria;



4. a vida do samurai é regida pelo bushidô, um rígido código de guerreiro que coloca a honra acima de tudo.
 
Treinando para a vida e para a guerra


Samurai e Zen

A religião nativa do Japão era o Xintoísmo, até que o Budismo o substitui no século V d.C. Uma escola do ensinamento budista, o Zen Budismo, encorajava seus seguidores a obter a iluminação através de intensa meditação e contemplação. Essa disciplina era popular entre os samurais, que entendiam a necessidade de treinar e praticar até que suas habilidades de combate fossem como a respiração - algo que faziam naturalmente, sem ter que pensar a respeito.



O tipo e a freqüência dos treinamentos de um samurai dependiam da riqueza de sua família. Em famílias de classe baixa, os filhos eram geralmente enviados às escolas dos vilarejos para receber instrução básica, mas a maior parte de seu treinamento era dado pelos seus pais, irmãos mais velhos ou tios.



Treinar artes marciais era considerado muito importante e o treinamento, freqüentemente começava muito cedo, por volta dos cinco anos. Filhos de famílias ricas eram enviados a academias especiais, onde eram tutelados em literatura, artes e habilidades militares.



A imagem mais familiar que se tem dos samurais é, provavelmente, a de um mestre espadachim empunhando a sua katana com extrema habilidade. Entretanto, nos primeiros séculos de sua existência, os samurais eram mais conhecidos como arqueiros a cavalo. Disparar uma flecha ao mesmo tempo que se monta um cavalo é uma tarefa muito difícil e dominá-la requer anos de prática. Alguns arqueiros praticavam em alvos amarrados a um poste, que poderiam ser balançados para criar um alvo móvel. Por um certo tempo, cachorros vivos eram usados como alvos móveis, até que um xogum (tinha poderes de governante e líder militar) aboliu essa prática cruel.



A arte da espada era ensinada de uma maneira igualmente implacável. Conta-se que um certo mestre atingia seus alunos a qualquer momento do dia ou da noite com uma espada de madeira, até que eles aprendessem a nunca relaxar sua guarda.





Nos primeiros séculos de sua existência, os samurais eram mais conhecidos como arqueiros a cavalo



Além da habilidade de guerrear, esperava-se que os samurais fossem bem educados em outras áreas, como literatura e história. Durante o período Tokugawa, uma era pacífica, quando os samurais não eram muito necessários como guerreiros, os seus conhecimentos acadêmicos foram especialmente úteis. Entretanto, alguns mestres samurais advertiam seus alunos para não se aterem muito às letras e à pintura, para que não enfraquecessem a mente.
 
Armadura




foto cortesia de Japanese-Armor.com

Reprodução da armadura de Oda Nobunaga

Um samurai é imediatamente reconhecido pela armadura e capacete singulares. Embora as primeiras armaduras fossem feitas com uma placa sólida (séculos V e VI d.C.), é a armadura laminar, posterior a ela, que continua a representar a imagem do samurai até hoje. A armadura laminar é feita unindo-se escamas de metal em uma placa pequena, que é então laqueada para tornar-se à prova d'água. Estas pequenas placas são unidas com tiras de couro, cada uma cobrindo ligeiramente a placa seguinte. Originalmente havia dois tipos básicos de armaduras laminares:



* yoroi - armadura pesada (incluía um pesado capacete e imponentes protetores para os ombros) muito usada pelos samurais montados;



* do-maru - armadura mais justa e mais leve usada pelo soldados de infantaria.



Mais tarde, à medida que o combate homem-a-homem se tornou predominante, o estilo de armadura do-maru se tornou mais popular entre todos os samurais. As do-maru foram modificadas para incluir capacetes mais robustos e protetores mais leves para ombros e canelas.



Os capacetes, chamados kabuto, são feitos de placas de metal presas com rebites. Em muitos projetos, os rebites formam linhas de saliências ao longo da parte de fora do capacete, incrementando seu distinto visual. Samurais de escalões mais altos colocavam o símbolo do clã e outros ornamentos em seus capacetes. Alguns capacetes possuíam máscaras de metal portando rostos de demônios, às vezes com bigodes e barbas feitos com crina de cavalo. Durante os tempos de paz, esses capacetes se tornaram bastante elaborados. Hoje são considerados peças de arte.



Antes de vestir a armadura, o samurai usava uma túnica de peça única coberta por um quimono e um par de calças bem largas. Um gorro acolchoado ajudava a aliviar o peso do grande capacete de ferro.



Glossário da armadura

Do - armadura do busto, que pende dos ombros.



Tsurubashiri - cobertura de couro sobre o Do, às vezes com padrões coloridos e elaborados.



Sendan-no-ita, kyubi-no-ita - pequenas placas de armadura que pendem dos ombros e protegem as tiras que mantém presa o resto da armadura.



Kote - manga da armadura, usada apenas no braço esquerdo, deixando o braço direito livre para usar o arco. Esta prática de deixar o braço direito desguarnecido continuou como forma de tradição muito tempo depois que os samurais não mais dependiam das técnicas do arco e flecha em combate.
 
Armas


A arma mais famosa dos samurais através da história é a katana, a espada curva. A katana nunca foi usada sem sua espada companheira - a wakizashi, uma arma mais curta com a lâmina mais larga. De acordo com a Wikipedia, as duas espadas juntas são referidas como daisho, significando "grande e pequena". A palavra dai (grande) representa a katana e a palavra sho (pequena) representa a wakizashi.





Foto cortesia de Japanese-Armor.com

Jogo de espadas Paul Chen Tiger: a katana, wakizashi

e a tantô (da esquerda para a direita)



Os ferreiros que criavam katanas para os samurais são considerados os melhores fabricantes de espadas da história. Um dos maiores desafios de se fabricar uma espada é mantê-la afiada. Uma arma feita com um metal duro irá manter o fio, mas é frágil e tem a tendência de se quebrar. Os ferreiros japoneses resolveram o problema fazendo o núcleo da espada com um metal macio, que não se quebra. Esse núcleo era coberto com camadas de metal mais duro que eram repetidamente dobrados e martelados até que fossem literalmente milhões de camadas de metal laminadas juntas. O corte era tão afiado que um um espadachim habilidoso poderia partir um ser humano em dois com um só golpe.





Foto cortesia de Amazon.com

Os samurais são tema de muitos filmes

Além de espadas e arcos, o samurai usava vários tipos de armas longas (lâminas presas a longos bastões). Uma das mais comuns era a naginata, que consistia em uma lâmina afiada de 60 a 120 cm de comprimento montada em uma haste de madeira com 1,2 a 1,5 m. O alcance extra proporcionado por estas armas permitia à infantaria conter os atacantes ou desferir o primeiro ataque antes que um oponente com uma espada pudesse alcançá-los. Eram bastante eficientes contra inimigos montados.



No século XVI, mercadores europeus chegaram ao Japão pela primeira vez. Os japoneses pagaram grandes somas pelo seus mosquetes, dominando rapidamente as técnicas de fundição necessárias à produção de armas em massa. Embora a arma de fogo não seja tradicionalmente associada ao samurai, ela foi de uma grande influência na arte da guerra japonesa desde então, permitindo ao daimyos formarem grandes exércitos de homens armados com relativamente pouco treinamento. Muitos samurais adotaram essas armas pouco confiáveis, que eram mais usadas como apoio à tão fiel espada. Alguns chegaram a usar armaduras sólidas com desenho de corpo inteiro, a okegawa-do, com o objetivo de fazê-las à prova de balas.
 
Bushidô: o código de honra do samurai


Os samurais não eram guerreiros mercenários, vagando pelo Japão e lutando por qualquer senhor de guerra que os pagasse. Eles estavam vinculados a um senhor específico, ou daimyo, e também comprometidos com as suas comunidades por dever e honra.



Este código de honra é conhecido como bushidô, e vem das palavras bushi, que significa "guerreiro", e do que significa "o caminho". Bushidô significa então: "o caminho do guerreiro". Esse código evoluiu de um período anterior, quando os samurais eram arqueiros e cavaleiros. O treino e a devoção para desenvolver essas habilidades e a ligação com o cavalo levou ao kyuba no michi, "o caminho do cavalo e do arco".





Foto cortesia de Japanese-Armor.com

Reprodução em tamanho real de um capacete de batalha

que pertenceu a Oda Nobunaga



Embora refiram-se ao bushidô como um código, ele não era um conjunto formal de regras para todo samurai se guiar. Na verdade, o bushidô mudou muito através da história e mesmo de um clã para outro. Embora os samurais já existissem há muito tempo, o bushidô só foi escrito no século XVII.





Foto cortesia de Amazon.com

O bushidô é o tema central do filme "Ghost Dog"

O primeiro dever de um samurai era a lealdade a seu senhor. O Japão tinha um sistema feudal no qual o senhor esperava a obediência dos seus vassalos, que em troca recebiam proteção econômica e militar. Se o senhor não pudesse contar com a absoluta lealdade dos seus vassalos, todo o sistema teria desmoronado. Este senso de lealdade e honra era geralmente levado a extremos pelos japoneses, que lutavam até a morte em uma batalha sem esperança para proteger a fortaleza de seu senhor, ou cometiam suicídio se sentissem que o haviam desgraçado.



O samurai também tinha um dever de vingança. Se a honra de seu senhor fosse manchada, ou se este fosse morto, o samurai era obrigado a encontrar e matar os responsáveis. Uma das histórias de samurai mais famosas, "Os 47 Ronin", ou samurais sem senhor, é um conto da tradicional vingança dos samurais. Durante um período de paz, seu senhor foi condenado a cometer seppuku (suicídio) devido a uma desavença com outro senhor. Dois anos depois, todos os 47 samurais invadiram o castelo do algoz de seu mestre e o mataram. Eles foram presos e também forçados a cometer seppuku, não porque cumpriram com seu dever de vingança, pois isso era o esperado, mas porque o fizeram em um ataque secreto, o que era considerado uma desonra.
 
Seppuku


A honra era tão importante para os samurais que eles freqüentemente tiravam suas próprias vidas em face de um fracasso, ou se tivessem violado o bushidô. Esse suicídio vinculado à honra tornou-se bastante ritualizado, tomando a forma do seppuku. Também conhecido por sua expressão mais vulgar, hara-kiri, o seppuku era a maneira de o samurai restaurar a honra do seu senhor e de sua família e cumprir a sua obrigação de lealdade ainda que tivesse falhado como samurai.



O ritual do seppuku consistia em que o samurai usasse vestimentas apropriadas enquanto lhe era apresentada a faca ritual, embrulhada em papel. O samurai então tomava a faca e, com um corte, abria seu ventre da esquerda para a direita, finalizando com outro corte para cima. O seppuku porém, não era um ato solitário, e poucos samurais eram deixados para morrer a lenta e dolorosa morte por desentranhamento. Outro samurai ficava em pé atrás do suicida e o decapitava logo depois.





Foto cortesia de Japanese-Armor.com

Série de espadas bushidô: katana, wakizashi

e tantô (da esquerda para a direita)



Nos anos seguintes, o ato se tornou ainda mais ritualizado, sendo algumas vezes usados leques de papel ao invés de facas. Freqüentemente, o kaishaku-nin, ou segundo samurai, executava a decapitação tão logo a faca ritual fosse tocada, bem antes que qualquer dor fosse experimentada.



Em tempos modernos, o ritual do seppuku tem ressurgido no Japão, tanto como uma maneira tradicional de restaurar a honra em face da derrota quanto como uma forma de protesto.
 
A história dos samurais




Foto cortesia de Japanese-Armor.com

Reprodução da armadura de Takeda Shingen

Ninguém sabe com certeza quem foi o primeiro samurai. Historiadores contam que nos séculos V, VI e VII d.C., havia rivalidades entre príncipes e clãs, bem como guerras de sucessão quando um imperador morria. Todavia, a maioria das lutas ocorria contra os nativos das ilhas do Japão, aos quais o Japão Imperial se referia como emishi, ou bárbaros.



Alguns imperadores perceberam que os emishi eram bons lutadores e os recrutaram para lutar em batalhas contra outros clãs ou ordens religiosas rebeldes. Algumas das táticas militares e tradições dos emishi foram incorporadas pelos soldados japoneses e, mais tarde, usadas pelos samurais.



O status do samurai como uma classe de elite vem da proliferação das famílias poderosas que viviam longe da capital, transferindo suas terras e seu prestígio de uma geração para outra por centenas de anos. Os membros dessas famílias de guerreiros ou clãs alcançaram o status de nobreza.



Tradições militares bárbaras se combinaram com o status de elite e o código do guerreiro kyuba no michi para formar o molde do antigo samurai. De acordo com algumas fontes, a palavra samurai apareceu pela primeira vez no século XII. Por um longo tempo, os samurais constituíam a principal força militar usada contra os emishi e outros clãs.



Em 1100, dois poderosos clãs serviam ao Imperador do Japão: o clã Taira e o clã Minamoto. Estas duas famílias se tornaram rivais e, em 1192, Minamoto Yoritomo liderou seu clã à vitória sobre o clã Taira. O imperador, chefe tradicional do governo japonês, declarou Minamoto Yoritomo como xogum, o chefe militar. Mas Yoritomo usou seu novo cargo para tirar do imperador todo o poder político, tornar permanente sua posição de xogum, e montar uma ditadura militar conhecida como bakufu. Assim, os samurais passaram de servos dos daimyos proprietários de terras a regentes do Japão, sob o xogum.



Depois que Yoritomo morreu, sua esposa, Masa-ko, procurou manter o xogunato. Embora não fosse completo, os Hojos, sua família, mantiveram o controle do Japão por mais de 100 anos.



O clã Ashikaga arrancou o controle dos Hojos em 1338. Os Ashikagas falharam ao tentar impor uma autoridade central forte no Japão e os clãs entraram em decadência devido às lutas constantes. Durante esse período, o daimyo construiu castelos impressionantes, com muros, portões e fossos que os tornavam inexpugnáveis.



Este sengoku, ou período de guerra civil, durou até que Tokugawa Ieyaso tomou controle do Japão em 1603. Tokugawa aplicou uma rígida política isolacionista e manteve o controle sobre os daimyos ao forçar suas famílias a viverem na capital, enquanto o próprio daimyo vivia na sua propriedade. Cada daimyo era obrigado a visitar a capital pelo menos uma vez ao ano (daimyos que caíam em desaprovação recebiam propriedades longe da capital, tornando a viagem mais cara e demorada). Isso garantia o controle sobre os daimyos porque suas famílias eram mantidas basicamente como reféns, e as caras viagens anuais os impediam de conseguir demasiado poder econômico.



Tokugawa também proibiu o porte de espadas, exceto pelos samurais. Todas as espadas possuídas por aqueles que não eram samurais eram confiscadas e derretidas para fazer estátuas. Isso marcou os samurais como uma classe muito distinta, acima dos cidadãos comuns.



Durante a paz forçada de Tokugawa, os samurais raramente entravam em combate. Foi durante esse período que os samurais assumiram outras funções, acompanhando seus senhores na ida e na volta da capital, trabalhando como burocratas no bakufu e cobrando tributos em arroz dos vassalos do daimyo.
 
O fim dos samurais


Tokugawa e seus descendentes governaram um Japão pacífico por dois séculos e meio. Nesses tempos de paz, o poder dos samurais declinou gradualmente, mas foram dois fatores específicos que os levaram à ruína definitiva: a urbanização do Japão e o fim do isolacionismo.



À medida que mais japoneses se mudavam para as cidades, havia menos fazendeiros para produzir o arroz necessário para alimentar a crescente população. A vida luxuosa desfrutada pelos xoguns e muitos daimyos começou a se desgastar nesse sistema econômico. Muitos japoneses, inclusive samurais de classes mais baixas, começaram a ficar insatisfeitos com o xogunato devido às difíceis condições econômicas.





Foto cortesia de Japanese-Armor.com

Reprodução de peças de Takeda Shingen - capacete de batalha e máscara



Em 1853, navios dos EUA entraram na baía de Edo. O comodoro Matthew Perry havia chegado para entregar uma mensagem do presidente Millard Fillmore ao imperador (que ainda existia como uma autoridade simbólica, ainda que, na realidade, fosse o xogum que governasse o país). Fillmore queria abrir relações comerciais com o Japão, desejava que os marinheiros americanos fossem bem tratados pelos japoneses e propunha abrir o Japão como um porto de reabastecimento para navios americanos. Perry entregou a sua mensagem, disse aos japoneses que retornaria em alguns meses e partiu.



Como conseqüência da visita de Perry, o Japão se dividiu. Alguns queriam recusar a oferta americana, manter o isolacionismo e ficar com suas tradições. Mas outros perceberam que o Japão nunca poderia resistir à melhor tecnologia dos ocidentais. Eles propuseram a abertura do Japão para aprender tudo que pudessem sobre os americanos, para que saíssem de seu isolamento e se tornassem uma potência mundial. No final, o bakufu decidiu abrir os portos japoneses para reabastecimento de navios americanos e, posteriormente, para o comércio.



O imperador negou-se a concordar com o tratado, mas como era apenas uma figura simbólica não conseguiu impedir que o bakufu o levasse adiante. Vários grupos de samurais rebeldes, que queriam que o Japão preservasse as tradições, apoiaram o imperador e iniciaram uma guerra civil contra o bakufu. Surpreendentemente, eles depuseram o xogum, terminando o período Tokugawa e restaurando o poder do imperador. Samurais de classes mais baixas tomaram posições de liderança, controlando o governo do novo imperador um jovem garoto que era chamado Imperador Meiji. Este evento foi conhecido como a Restauração Meiji.





Foto cortesia de Japanese-Armor.com

Katana prática Hanwei (direita) e espada japonesa Wakizashi



O poder foi tirado dos daimyos à medida que o governo desapropriava suas terras. Sem ninguém para pagar os muitos samurais, o governo decidiu lhes entregar títulos baseados na sua categoria. Isso afetou os samurais de baixo e alto escalão de formas diferentes, mas teve o mesmo resultado para ambos: eles usaram os títulos para investir em terras ou iniciar um negócio ou então perceberam que não tinham renda suficiente para se sustentar e retornaram para o campo como fazendeiros e para as cidades como trabalhadores. Os samurais não tinham mais função no Japão.



Finalmente, em 1876, o imperador baniu o uso de espadas pelos samurais, levando à criação de um exército de reservistas. Os samurais já não existiam mais. Embora tenha havido algumas rebeliões de samurais em províncias afastadas, aos poucos todos foram adotando novas funções na sociedade japonesa, enquanto seu país entrava na Era Industrial.



quarta-feira, 11 de novembro de 2009

III Curso de Defesa Pessoal (F.P.D.P)



Começo com o fim do curso, para que todos vejam o que a felicidade e o quanto a F.P.D.p está comprometida com você e com o bem estar do corpo e da alma, do "ser humano". Tivemos alunos de todos os tamanhos, artes, e idade. Um destaque para o casal Dona Socorro, de 56 anos e Seu Lima, 62 anos, que com idade avançada mostraram confiança em nosso trabalho, carinho e dedicação, e acima de tudo, a certeza que estariam em excelentes mãos.


Nós da F.P.D.P agradeçemos a confiança e o amor dos praticantes de artes marciais de Pernambuco, do carinho daqueles que estavam completamente leigos em defesa pessoal por não deixarem-se vencer pela duvida e confiar que nosso trabalho, é sua confiança e nosso maior sentimento.
Nosso curso contou com 53 inscrições, e 53 participantes, pode contar na foto(risos).
Esperamos que no próximo curso, dirigindo nossos olhos a cidade de Barreiros, com o convite de nosso diretor fiscal Flávio Henrique, onde teremos a grande honra e o carinho de nos dedicarmos a mais um curso, e outra felicidade.


quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O ESPIRITO DE CHE POR ELE MESMO.

"OS PODEROSOS PODEM MATAR, UMA, DUAS, ATÉ TRÊS ROSAS, MAS JAMAIS PODERAM DETER A PRIMAVERA."

"VALHE MILHÕES DE VEZES MAIS A VIDA DE UM ÚNICO SER HUMANO DO QUE TODAS AS PROPIEDADES DO HOMEM MAIS RICO DA TERRA".

"ACIMA DE TUDO, PROCUREM SENTIR NO MAIS PROFUNDO DE VOCÊS QUALQUER INJUSTIÇA COMETIDA CONTRA QUALQUER PESSOA EM QUALQUER PARTE DO MUNDO. É A MAIS BELA QUALIDADE DE UM REVOLUCIONÁRIO."

"NOSSOS FILHOS DEVEM AS MESMAS COISAS QUE AS OUTRAS CRIANÇAS, MAS DEVEM TAMBÉM SER PRIVADAS DAQUILO QUE FALTA ÁS OUTRAS CRIANÇAS."

Bom dia caros leitores, como posso encontrá-los? Caros leitores é apartir destes pensamentos do senhor Ernesto Guevara de la Serna, é que eu gostaria de pedir ao pensamento dos leitores, que os puzesse em sintonia com o pensamento, sobre o que pode ser o amor, por uma nação, o que pode ser uma nação, e como nós, jovens, brasileiros, nascemos de almas humilhadas, pelo estrangeiro, a America Latina foi assim possuida. Como uma mulher é puro ato de estupro, pelo europeu, achando-se mais civilizado, nascemos com diversas miscigenações, por diversas, raças, por sermos postos, e impostos, ao mato, e ao ato sexual forçoso. Mas isso tudo, nos deu, Ernesto Guevara, e o magnifico Fidel Castro. Não deixemos caros leitores, amigos, jovens, nos ameaçar por propagandas falsas, ou mesmo verdadeiras, as nações européias, nasceram do sangue de nossos guerreiros, nasceram do estupro de nossas mulheres, se hoje são ricas, muito ouro levaram nosso. Mas isso não pode nos levar ao ódio, isso nos leva, sempre ao prazer do conhecimento, quando nos depararmos com qualquer um, que ameaçe nosso continente com comparações pifias. Aqui tudo que se faz, faz-se por amor, se temos mais de dois milhões de praticantes de karatê, o fazemos por amor. Na FRANÇA E NOS ESTADOS UNIDOS, EXISTEM ANALFABETOS E FAVELADOS, E EM CUBA NÃO EXISTE NENHUM! POR QUE CUBA? PORQUE CUBA SOFREU TANTO QUANTO O BRASIL E VENCEU, CUBA É UMA POTÊNCIA OLIMPICA, E O BRASIL NASCEU PARA SER GIGANTE, E SOMOS ASSOMBRADOS, POR QUALQUER COISA, CHEGOU NOSSA HORA.

ODOACRO SOUZA SENSEI, SAMURAI PERNAMBUCANO.



quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O descursso continuo..."O maravilhoso canto das sereias" E o blá, blá, blá, de quem não resolve, só envolve e não da suporte.


 

O maravilhoso canto das sereias

2 milhões de karateka no Brasil, 214 mil na França !


Nada adianta comparar o que não pode ser comparado: cada pais tem suas particularidades e o modelo certo para um pais não pode com total certeza adaptar-se num outro. Farei no entanto nesses primeiras horas após minha volta de viagem na França, um paralelo lógico entre duas nações forte do karatê, o Brasil e a França , as mesmas tendo um padrão de administração desportista radicalmente diferente.

Alguns dados importantes precisam ser relembrado…
 O Brasil, com suas 9 confederações atuais de karatê contabiliza mais ou menos hoje 2 milhões de praticantes. A França tem uma única federação reconhecida ao nível internacional pelo estado francês e contabiliza uns 214 000 praticantes. Tal proporção poderia significar um vantagem significativo para o Brasil no ranking mundial…

No entanto enquanto Brasil só tem 2 juizes de nível internacional, A França possui mais de 30 juizes internacionais. Alem disso se a França possui um palmares internacional ao nível mundial quais são as conquistas mundial do Brasil fora o título de Luiz Iniacio Watanabe em 1972em Paris e da Ciça em 1998 no Rio de Janeiro? Poucas…

Pois enquanto isso França contabiliza 25 títulos mundial cujo 19 individuais em categoria masculino e no total 85 medalhas, e 12 títulos mundial feminino cujo 8 individuais e 40 medalhas no total… sem contabilizar os 105 títulos europeus masculino (81 individuais) e as 276 medalhas no total bem como os 38 títulos europeu feminino (26 individuais) por um total de 91 medalhas…
Não adiantaria acrescentar os títulos em copas do mundo nem nos campeonatos mundial júnior para provar quanto é profundo a abismo separando essas duas nações…


Isso provaria a superioridade absoluta dos primeiros sobre os segundos? Não! Porque com o potencial que possui o Brasil, tudo esta reunido, no karatê bem como nas outras artes marciais, para ter uma reserva enorme de atletas de alta qualidade e portanto estabelecer com o minimo de trabalho sério ( ou seja com tecnicos realmente competente) a supremacia brasileira..

Faltam porem todas as estruturas técnicas e a vontade para isso acontecer a pesar de todas as promessas e falsos compromissos dos dirigentes brasileiros.

Uma questão de organização…


Assim lembramos a existência na França de uma comissão de passagem das graduações, essa comissão sendo fiscalizada pelo Ministério dos Esportes com tais poderes e organização que fica sem opção a compra de graduação ou a existência de bancas examinadoras incompetentes. Qualquer que seja o estilo praticado, os programe de exame são rigorosamente os mesmos no âmbito nacional…

Lembramos que existe uma regulamentação extremamente estrita na França para administrar e regularizar a capacitação de professores, os mesmos sendo graduados apos formação acadêmica obrigatória no intuito de ensinar a modalidade a título gratuito ou não, dependendo do grau da formação seguida e obtida sempre sob controle da administração

Lembramos que todos os custos de capacitação e passagem de graduação tem preço único e determinado para tudo e todos: quando na Federação Pernambucana de Karatê foi pedido em 2008 o valor de 600 reais para apresentar o exame de 1° dan, o mesmo exame na França ( o preço é o mesmo para TODOS os dan a seguir) representa um custo de 90 reais !

Lembramos que no próprio exame de Dan na França existem duas opções possível, um opção tradicional ( mais focalizada sobre kata, fundamentos e kihon) e uma opção competição com um foco mais pronunciado sobre kumite e com aberta a possibilidade de ser contabilizados os pontos adqueridos durante competições !

Lembramos que existem programe de monitoramento de jovens talentos, de inscrição nos centros técnicos nacionais, de preparação desses talentos em estruturas educativas « esportes e estudos » para depois os mesmos ser integrados nos centros de treinamentos desportista de alto nível…( alias não posso perder de lembrar que esse tipo de programes existem no Brasil quando se trata de… futebol!)

Lembramos que o dinheiro investido nas estruturas desportivas chega ate os destinatários ou seja ate os atletas que competem e se aproveitam dos investimentos…

 … mas também de vontade coletiva e social !


Lembramos que la existe uma vontade politica colectiva , mas também uma consciência social e mais que tudo uma consciência individual para permitir que tudo seja possível já que não existe só futebol, volei ou tênis, mas existe também todas as outras modalidades que também funcionam num sistema organizacional comum…

E quanto a administração do karatê no Brasil, a final o que realmente funciona senão a única dedicação e o sacrifício individual, desses centenas de atletas que devem arcar com todos os custos para conseguir algo tão sofrido enquanto poderiam atingir resultados bem melhores se tivessem as possibilidades de treinar em boas condições?

Não ! Nenhum pais pode afirmar ser superior ao outro. Mas estamos na obrigação de reconhecer que se tivesse no Brasil a metade da vontade que existe na França ou na Europa para as coisas acontecer, não teria tantos dirigentes de entidades estaduais ou de confederações mentirosos, não teria tantos políticos corruptos, não teria tantos problemas nas mais altas esferas dirigentes do Brasil.

Sabe no entanto quem deixa isso acontecer? As próprias vitimas desse circulo sem fim : os atletas que não sabem dizer basta e continuam escutando o maravilhoso canto das sereias pensando que isso é a única verdade existindo no mundo, talvez por conveniência ou  ignorancia ( ninguêm pode adevinhar tudo), talvez por facilidade ou simple falta de informações ou pensando que não tem recurso contra a fatalidade…

Ora sabemos nos karateka que sempre tem recurso enquanto tem vida…


Boa noite caros leitores. Como posso encontrá-los? Um pouco cansados, após o exaustivo texto, correto? Espero que não. Serei, o quanto puder, breve. O que esperamos neste texto? A velha descurssabilidade de um velho conhecido, das causas impossiveis, "O Santo Antônio" franco- brasileiro, aquele que tudo irá resolver. Caros amigos farei apenas algumas considerações. Em paises "com alto poder aquisitivo" tudo é feito em prol do "lucro financeiro" o atleta, o clube e qualquer outra coisa nada mais do que é uma forma de enriquecer ainda mais um país acostumado a ter em seu bolso o pseudoconhecimento fatídico, enfadonho de muitos séculos. Lembrarei ao senhor editor, que voltou a escrever em site, que a verdadeira menção honrosa para o mundo, chama-se "CUBA", POIS ESTE COM SEUS ENORMES PROBLEMAS SOCIAIS, COM MAIS DÉCADAS DE "EMBARGO ECONÔMICO" É UMA VERDADEIRA POTÊNCIA ESPORTIVO-SOCIAL, ONDE SEUS DIRIGENTES, GOVERNANTES REALMENTE REVOLUCIONARAM O MUNDO. E ENGANAR O MUNDO, COMPARANDO O BRASIL A FRANÇA, SEMPRE A FRANÇA, É NECESSÁRIO, SER UM POUCO MAIS ESPERTO. E LEMBRAR QUE A FRANÇA INVESTE EM DINHEIRO, A FRANÇA INVESTE EM "RETORNO" NA FRANÇA QUALQUER UM É GRADUADO, PORQUE GRADUAÇÃO, "NO MUNDO", SALVE EXCESSÕES, JAPÃO, É ARTIGO DE LUXO, E NÃO MAIS DE CONHECIMENTO, ENTÃO A FRANÇA É ESPECIALISTA NISSO, SALVE OS MOTIVOS A PSEUDO-REVOLUÇÃO FRANCESA. CARO EDITOR XAVIER, NO BRASIL, COM TODAS AS SUAS DIFICULDADES, PARA PRATICAR KARATÊ TEM QUER SER APAIXONADO, NA FRANÇA PRECISA APENAS NÃO QUERER ESTUDAR, PORQUE SE GANHAR UM TITULO, ESTÁ NA FACULDADE, É MAIS BARATO, SER UM FAIXA PRETA "KARATECA, OU KARATECA-ATLETA". QUANDO TROUXER AO CONHECIMENTO DO BRASIL A SUA FATIDICA COMPARAÇÃO ENTRE NOSSOS PAÍSES, ESTUDE UM POUCO MAIS, AS QUESTÕES SOCIAIS, E VEJA QUE SUA "QUALIDADE, EQUIPARA-SE EM MUITO A NOSSA QUANTIDADE, E QUE A FRANÇA É TÃO FRACA, QUE NOSSA QUANTIDADE SUBSTITUI  VOSSA QUALIDADE, POIS SUA REVOLTA, EM NÃO TER RECURSOS EM SER ALGUÉM NO KARATÊ, TENTA FAZER-LHE UM CHE- GUEVARA EUROPEU, ATÉ QUE ALGUÉM LHO DÊ UMA FAIXA PRETA."

Perdoe-me o leitor ao pensar que o texto parece ofensivo a outra nação. Mas não trata-se de tal. Apenas trata-se da velha comparativa que assistimos na televisão e colocamos em qualquer lugar, sem nunca ter nada estudado. Apontar o dedo é ótimo quando este não tem o risco de cair, em nome da ajuda a quem necessita.

  



Caro leitor quando nos depararmos em qualquer lugar do mundo, sob a comparação de qualquer nação, lembremo-nos do que temos, e do que serve o comentário alheio.
Este comentário foi facilmente batido, por um país tratar seus esportistas como fonte de renda e prestigio para seu país. Se a faixa branca fôsse melhor, lá não existiriam faixas- pretas, e lá só é tão barato, porque o preço é caro, quando você não se destaca num país , onde todo mundo se destaca. O que acontece com voce, quando você, quando só você não aprende algo?. Pense nessa pergunta, e tudo que você leu, será resumido.

Odoacro Souza Sensei, Samurai Pernambucano.